"Trivialidades" #11- As Almas [parte 3]
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Faro, 27 de novembro de 2023. Será mesmo Faro? Segunda-feira? Mais uma semana, entre todas as outras. Um semáforo, uma apitadela, uma paragem na passadeira. Os que vão, os que foram.
(Esqueci-me de deitar a lata de coca-cola que ingeri ontem… ou terá sido anteontem?)
Os dias entrelaçam-se; como grãos de areia numa praia onde o horizonte não se vislumbra. Em lugares, como este, o tempo passa de outra maneira: nada lento, nada rápido… apenas se diferencia.
Cheguei a casa. Estacionei o carro. Cumprimentei o vizinho do rés-do-chão. Não o via há 1 semana. Ou terão sido 3 dias, apenas? Os dias repetem-se e, com eles, permanecem as ânsias, os receios; os cenários apocalípticos de fracasso, desaprovação e falhanço.
O falhanço não se mede pela sua dimensão – pessoal, profissional, circunstancial… qualquer coisa que sirva de continuidade para o sufixo que se repete. O falhanço mede-se pela proporção do medo existente; quanto maior for medo, maior será o falhanço.
Persegue-nos por toda a parte a parte – em casa, na rua, no trabalho. Por vezes, esquecemo-nos. Da mesma forma que ignoramos a nossa própria sombra, num beco, semi iluminado. Não nos abandona, pois não se dissocia da sua fonte; o subconsciente, o pensamento, as ideias. Tudo eu, eu e eu.
Sou só eu quando grito com o condutor do carro que não respeitou a cedência de passagem. Como se eu fosse cumpridor exímio de todas as regras. Mas, eu? Eu tenho desculpa… tenho o trabalho, os projetos, a casa e os sonhos. Os outros? São os outros.
Será da alienação coletiva? Fechamo-nos nas nossas próprias bolhas. O sufoco criado pelas arestas das construções que elevámos. Reconhecemos as falhas, mas se os outros também as têm! Prometemos a nós mesmos que vamos mudar. Vamos ser felizes. Somos felizes. Sem pressões, consoante os momentos.
Piada aqui, piada ali, uma palavra de apreço com o próximo, um agradecimento. Faço-o, às vezes… vario a frequência. Espero conseguir tê-la - paz que desejo para mim - desejo para o Filipe que vai rever o texto. Imagino-o na cidade invicta, traçando um novo caminho; a paz que desejo para os meus – mãe, irmão, Débora e família.
A paz que desejo para o pedinte da AV. 5 de outubro. Para o ouvinte e para quem o rancor tomou conta do destino. Que consigamos um bocadinho mais. Uma refeição quente, um abraço, o emprego de sonho, uma casa… o sossego, a vida.
Não gosto do que escrevi. Vou deixar ir.
Cheguei a casa. Estacionei o carro. Cumprimentei o vizinho do rés-do-chão. Não o via há 1 semana. Ou terão sido 3 dias, apenas? Os dias repetem-se e, com eles, permanecem as ânsias, os receios; os cenários apocalípticos de fracasso, desaprovação e falhanço.
O falhanço não se mede pela sua dimensão – pessoal, profissional, circunstancial… qualquer coisa que sirva de continuidade para o sufixo que se repete. O falhanço mede-se pela proporção do medo existente; quanto maior for medo, maior será o falhanço.
Persegue-nos por toda a parte a parte – em casa, na rua, no trabalho. Por vezes, esquecemo-nos. Da mesma forma que ignoramos a nossa própria sombra, num beco, semi iluminado. Não nos abandona, pois não se dissocia da sua fonte; o subconsciente, o pensamento, as ideias. Tudo eu, eu e eu.
Sou só eu quando grito com o condutor do carro que não respeitou a cedência de passagem. Como se eu fosse cumpridor exímio de todas as regras. Mas, eu? Eu tenho desculpa… tenho o trabalho, os projetos, a casa e os sonhos. Os outros? São os outros.
Será da alienação coletiva? Fechamo-nos nas nossas próprias bolhas. O sufoco criado pelas arestas das construções que elevámos. Reconhecemos as falhas, mas se os outros também as têm! Prometemos a nós mesmos que vamos mudar. Vamos ser felizes. Somos felizes. Sem pressões, consoante os momentos.
Piada aqui, piada ali, uma palavra de apreço com o próximo, um agradecimento. Faço-o, às vezes… vario a frequência. Espero conseguir tê-la - paz que desejo para mim - desejo para o Filipe que vai rever o texto. Imagino-o na cidade invicta, traçando um novo caminho; a paz que desejo para os meus – mãe, irmão, Débora e família.
A paz que desejo para o pedinte da AV. 5 de outubro. Para o ouvinte e para quem o rancor tomou conta do destino. Que consigamos um bocadinho mais. Uma refeição quente, um abraço, o emprego de sonho, uma casa… o sossego, a vida.
Não gosto do que escrevi. Vou deixar ir.
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