"Livro de Estante" #10 | "O Nome do Vento", de Patrick Rothfuss

Autor(a): Patrick Rothfuss
Título Original: The Name of the Wind (2007)
Editora: Edições Gailivro
Páginas: 976
ISBN: 9789895576715

Curiosidades sobre o autor:

Patrick Rothfuss é um autor norte-americano, natural de Wisconsin. É grande amante da Química e da Psicologia (áreas aliás que são bastante exploradas nos seus livros). Patrick é um dos mais respeitados autores de fantasia, já tendo sido comparado inúmeras vezes a George R.R. Martin.

Sinopse:

"Da infância como membro de uma família unida de nómadas Edema Ruh até à provação dos primeiros dias como aluno de magia numa universidade prestigiada, o humilde estalajadeiro Kvothe relata a história de como um rapaz desfavorecido pelo destino se torna um herói, um bardo, um mago e uma lenda. O primeiro romance de Rothfuss lança uma trilogia relatando não apenas a história da Humanidade, mas também a história de um mundo ameaçado por um mal cuja existência nega de forma desesperada. O autor explora o desenvolvimento de uma personalidade enquanto examina a relação entre a lenda e a sua verdade, a verdade que reside no coração das histórias. Contada de forma elegante e enriquecida com vislumbres de histórias futuras, esta "autobiografia" de um herói rica em detalhes é altamente recomendada para bibliotecas de qualquer tamanho."

Opinião:

"O Nome do Vento" é o primeiro volume de uma triologia. Este livro também dá pelo nome "O Primeiro Dia".
Conta a história de um hospedeiro de uma pousada que concorda em transmitir a história da sua vida a um cronista que por ali passava. Em apenas 3 dias.
Cada um dos livros da triologia representa um desses dias.
Sendo assim, "O Nome do Vento" é uma introdução, onde se apresentam personagens, contexto, a problemática da narrativa em geral.
Li estes livros pela primeira vez quando nem 10 anos tinha, Lembro-me perfeitamente que todos os meus colegas gozaram comigo na altura por eu ter a confiança que conseguia ler um calhamaço de quase 1000 páginas, mas não é que li? Em apenas uma semana já estava apegar no segundo volume, depois no terceiro.
Olhando para trás entendo o porquê de me terem dito isso. A linguagem é muito poética, é um livro lento, que precisa de ser digerido. Quem não gostar de fantasia e principalmente de ler fica facilmente entendiado.
Kvothe, o protagonista, conta todos os momentos que passou na sua infância ao lado da sua família, um clã de artistas nómadas, e também a sua adolescência solitária, a sua entrada na universidade com apenas 15 anos, etc, etc. (Não queremos revelar demais, não é verdade?). É uma personagem inteligente e misteriosa, inocente em demasi por lhe terem faltado muitas coisas essenciais durante o seu crescimento.
É uma montanha russa de emoções. Assusta e amargura, chegamos até a sentir o sofrimento de Kvothe ao longo da sua história.
Vão esperar movimento, ação. Esse momento não chegará. Mas nem por um segundo se vão entediar. E, acreditem, nem dá para respirar.
Tenham em mente que a história deste... (ladrão? herói? assassino? mágico?..) homem é para ser apreciada, imaginada, saboreada. Leva tempo a absorver mas assim que é... vão perceber que é maravilhosa.
Mas afinal.. estamos só no primeiro dia.


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Por: Raquel Branco