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Mafalda e Rui em “Bate Papo”– Segunda Opinião

Edição #287 | Por Filipe Vilhena
 

Com Mafalda Castro e Rui Simões, o podcast “Bate Pé”, conhecido entre os mais “íntimos” por “Bate Papo”, foi publicado pela primeira vez nas plataformas digitais a 9 de janeiro de 2021.

Naquele espaço, o casal, com experiência em rádio e televisão, aborda várias temáticas, desde situações do dia a dia, a notícias atuais. O “Bate Pé” foi o primeiro filho de Mafalda Castro e Rui Simões (Manel, se um dia ler isto, não leve a mal!) e é importante por várias razões. Em primeiro lugar, entretém e esse, acredito, é o seu objetivo principal. Além disso, em segundo plano, consegue ainda mostrar como um casal, que às vezes tem ideias diferentes, pode respeitar os pontos de vista de cada um e até brincar com as suas dissemelhanças. Diria ainda que, em terceiro lugar, este projeto já é vencedor pela espontaneidade e simplicidade utilizadas para partilhar assuntos do quotidiano.

Num mundo onde o ego inflamado é um problema, Mafalda Castro e Rui Simões conseguem sentar-se com os seus ouvintes e ser apenas pessoas normais, com qualidades e defeitos. E o que torna tudo mais interessante, é que os dois são um jovem casal (não tão jovens quanto eu) que sabem comunicar e têm piada. Desde 2021 até agora, os dois não mudaram e não mudaram a essência do “Bate Pé” – continuam a abordar os temas da mesma forma.

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O “Bate Pé” cresceu, ganhou anunciantes e ganhou mais visibilidade nas redes sociais, com a publicação de clipes. Depois de espetáculos ao vivo, “mudou-se” para uma sala, tem imagem e, uma vez por mês, recebe convidados. Manuel Luís Goucha, Kiko Is Hot e Cláudio Ramos já conversaram com Mafalda Castro e Rui Simões e nessa faceta de entrevistadores, os dois também têm química. Acredito que possam ainda “afinar” alguns pormenores, como não interromper tantas vezes o convidado – entendo, pois é o entusiasmo a falar, mas como diz a Joana Marques: “calma, jovens”.

Gosto de ver crescer projetos feitos por pessoas jovens e espero que o “Bate Pé” continue a fazer o seu caminho com mais e mais reconhecimento. Os dois funcionam bem enquanto dupla e seria até interessante vê-los em mais projetos juntos. Talvez um dia tenhamos também Manel a participar nos episódios e a contar as peripécias dos pais.

Por fim, deixo aqui um sério apelo: talvez seja o único, mas tenho saudades do “quem é quem?” no final de todos os episódios. Para os mais desatentos ou quem não ouviu o "Bate Pé", este jogo era feito no podcast, mas era um grande flop e é precisamente por isso que eu gostava.

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