Força de Expressão #29- Predicados de tirar uma licenciatura em Portugal
Embora a licenciatura seja o estágio superior na formação do indivíduo, em Portugal e no mundo, é nos possível encontrar crenças que diferenciam no que toca às vantagens de ingressar na universidade. No nosso país, na faixa etária compreendida entre os 25 e os 34 anos, a percentagem de licenciados corresponde a 37 %, de acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Através do mesmo organismo, é nos também facultado os dados que, efetivamente, mostram que um licenciado estando empregado, em média, aufere uma percentagem na ordem dos 69 % superior ao valor de alguém que se ficou pelo ensino secundário. A educação é vista, indubitavelmente, como a fonte principal de progresso e conhecimento do homem. Então de onde virá o pensamento negacionista em relação à formação superior?
É compreendido que grande parte virá na compensação esperada pela conclusão da licenciatura em Portugal e consequente entrada no mercado de trabalho. Socialmente, o valor da licenciatura é tido como uma garantia de um futuro igualmente superior, em termos de remuneração e qualidade de vida. Licenciatura, que através da semântica nos permite percecioná-la como uma licença, dá-nos acesso a um conjunto de profissões que através de outro qualquer tipo de certificado de habilitações não conseguiríamos – engenharia, advocacia, entre outras. O negacionismo, porventura, nasce na precariedade que existe no mercado de trabalho, transversal a qualquer cidadão ativo de variadíssimas habilitações. Contratos sem grandes garantias e onde os dígitos não tocam nos calcanhares do custo de se licenciar no país.
No mundo cada vez mais global, teremos de ser cada vez mais versáteis e contar com a inevitabilidade de não ser suficiente. Há maior margem de nos flexibilizarmos em pular de área e penso que será melhor pecar por excesso, pois conhecimento nunca será em demasia, do que ficar a meio do caminho no diz respeito às ofertas educativas.
Por: Artur Raposo
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