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"Segunda Opinião" #158- Cristina Ferreira: Chegou, viu, mas será que vai vencer?

Foto D.R.

Foi um dos assuntos mais comentados das últimas semanas. Cristina Ferreira voltou à TVI como acionista e diretora de entretenimento e ficção e as mudanças no panorama televisivo já começaram. Primeiramente, a sua saída da SIC obrigou a direção a criar um formato para as manhãs em apenas dois dias, apresentado (e bem) pelo João Baião e a Diana Chaves.


Chegada à TVI, continuou... A Revolução! A nova edição do "Big Brother" perdeu Cláudio Ramos e viu Teresa Guilherme chegar-se à frente. "A TVI tem memória", dizia Cristina Ferreira ao trazer a rainha dos reality shows de volta. Mas será que o canal com memória não se lembra do sucesso que foi o "BB2020"? Falou-se de vingança, especulou-se uma guerra, mas esta troca na apresentação do formato só demonstra que a nova diretora não acredita em Cláudio Ramos para o papel. E como ela, muitos espectadores. 

Falta de jeito, de imparcialidade e má educação foram algumas críticas que o apresentador recebeu. A verdade, é que Cláudio foi diferente, mas não encantou. Um rosto de um formato como o "BB 2020" deve manter-se imparcial, tal como um pivô de notícias: O objetivo é mostrar o que se passa na casa e deixar as observações e opiniões para quem assiste e vota. "O Trump não é bom presidente", já imaginou esta frase sair da boca do José Alberto Carvalho, enquanto apresenta o "Jornal das 8"? E esta: "A Sandrina é a minha concorrente preferida", imagina Cláudio Ramos a dizer isto? Pois bem, ele disse. E isso não deve acontecer. Ainda assim, a evolução que teve é notável e o sucesso que o formato alcançou também. Merecia uma segunda oportunidade mas com novas diretrizes. 

Depois desta troca - que ainda não se consegue classificar como "boa" ou "má", pois Teresa Guilherme é excecional neste papel, mas conseguiu cansar o espectador com tanto "Secret Story" e tantos trocadilhos - o canal anunciou a nova equipa do "Somos Portugal".

Parece que finalmente o programa será mais do que "um formato pimba". Terá o Ben e uma equipa mais concentrada. Iva Domingues, Maria Cerqueira Gomes e Marco Horácio são as maiores novidades, mas certamente ótimas opções. Marisa Cruz, Mónica Jardim, Isabel Silva, Inês Gutierrez, João Montez e Santiago Lagoá e Alice Alves já são 'prata da casa' e assentam muito bem na alegria do programa, para além de formarem um grupo muito interessante. Esperemos que a Cristina Ferreira mantenha estes dez nomes e não "invente", pois o "Somos Portugal" já foi apresentado por inúmeros rostos, o que descredibiliza o formato. Tal faltasse a Marta Cardoso e o Pedro Fernandes no grupo, mas a primeira deve entrar no "Big Brother: A Revolução" como comentadora e o segundo poderá ter um novo projeto. Nem falemos da falta que faz a Leonor Poeiras.

Para além da revolução das tardes, chega "Dia de Cristina". Até agora sabe-se que este programa poderá ser emitido a um dia específico da semana, de manhã e à tarde. Inesperado, mas nada inovador, a ser verdade. Os fins de semana, principalmente o sábado, estão sem apostas e porque não ter a Cristina Ferreira aos sábados de manhã e tarde? Mas é esperar para ver, pois nada está oficialmente decidido. 

Quanto a outros projetos, estão previstas várias séries e novelas. Cristina Ferreira reforçou ainda o "Você na TV!" com novos comentadores e pretende terminar com o "A Tarde é Sua", uma mudança que faz falta na TVI. Um novo programa à tarde, com uma nova cara e nova roupagem. O ciclo de Fátima Lopes deve chegar ao fim, até para a apresentadora se dedicar a outros projetos. 

Sobre a ficção, esperemos que o período após o "Jornal da Uma" comece a ser mais valorizado, com produtos inéditos. Pouca se fala deste horário, mas ele faz parte da programação e é 'ignorado' com ficção em reposição, que conquista resultados muito baixos. Esperemos que a Cristina Ferreira consiga dar a volta a este período do dia , tal como fez com as manhãs quando foi para a SIC, e que os espectadores voltem a ligar a televisão às 14:30 horas, porque querem realmente ver o que está a dar.

Até ao momento, já vimos algumas subidas da TVI, mas a SIC continua a reunir a preferência dos espectadores. Em 2021, esperam-se novidades na programação do canal 4 e a luta com a SIC vai continuar.

Por: Filipe Vilhena

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