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"Força de Expressão" #14- Fui traido/a. E agora?


Estar num relacionamento implica respeito, lealdade e fieldade. Atualmente, já há espaço para relacionamentos abertos, se ambas as partes estiverem de acordo, mas quando a relação é “fechada”, ser fiel é o mínimo que se tem de fazer.

Há cada vez mais estudos que mostram que o ato de trair está a crescer exponencialmente entre os casais. A psicóloga Ana Maria Zampieri, afirma que cerca de 60% dos 4 mil e 500 casais brasileiros inquiridos no seu estudo já traíram. No caso dos homens, a traição acontece, maioritariamente, ao longo da relação. As mulheres tendem a trair mais após o crescimento dos filhos, procurando uma “fuga de rotina”.

São diversos os motivos que levam à traição. Podemos considerar que este ato é uma forma de buscar a novidade fora da relação, que por vezes é monótona. Outra explicação para a traição é a carência sentida ou até mesmo só para chamar à atenção do companheiro/da companheira. Ainda assim, na maioria das vezes, o ato de trair alguém é causado pela necessidade de autoafirmação do “traidor/traidora”, que tem uma confiança em si mesmo/mesma muito reduzida. Contudo, estas “justificações” nem sempre são suficientes para quem é traído, que acaba por sentir uma dor enorme, um sentimento de derrota e até culpa. Mas como superar uma traição?

O primeiro passo é não se reduzir ou achar que a pessoa só traiu porque não fomos suficientemente bons para ela. Desta forma, não nos devemos culpar. Em seguida, deve-se ter coragem de confrontar o companheiro/a companheira acerca da traição e, mesmo assim, ouvir os seus motivos, porque afinal de contas, todos erramos (apesar de nada justificar uma traição!). É preciso pulso firme e cabeça fria para analisar a situação e perceber o caminho da relação. Se a decisão foi perdoar, deve-se dar mais um voto de confiança, ainda que, agora estejamos de olho mais aberto. O importante é não perseguir a pessoa nem entrar em paranoias.  Partindo do princípio de que não queremos perdoar a traição, deve-se encarar o fim e aceitar que fomos traídos e que isso não faz de nós pessoas inferiores.

O término de uma relação é difícil e se houver traição no meio, esquecer e seguir a vida fica ainda mais difícil. Contudo, devemos ter sempre em mente de que não é o fim do mundo. Relações acabam para outras começarem. É natural. Não dependemos de uma relação para sermos felizes, devemos procurar a nossa essência e felicidade individualmente e só depois de alcançá-la, acrescentar outra pessoa, que deve somar à nossa vida. Outro ponto a ter em conta após o término de uma relação onde houve traição, é não colocar os homens ou mulheres no mesmo saco. Nem toda a gente vai trair. É importante deixar a vida seguir normalmente, procurar fazer coisas que gostemos, sair da rotina ou entrar nela, dependendo dos gostos individuais de cada um. O amor surge quando estamos preparados e também não vale a pena querer forçar uma nova relação como forma de se autoafirmar depois da traição do ex parceiro/parceira. Ser traído não é motivo para desistir, mas para recomeçar, mais forte, seguro e atento.


Por: Filipe Vilhena

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