"Livro de Estante" #6 | "Os Crimes da Rua Morgue", de Edgar Allan Poe
Autor(a): Edgar Allan Poe.
Título Original: The Murders in the Rue Morgue (abril de 1841).
Editora: Civilização Editora.
Páginas: 227 páginas.
ISBN: 978 972 26 3700 8
Tradutor: Maria Ivelise Martins e Maria Fernanda de Brito
SOBRE O AUTOR:
Edgar Allan Poe nasce a 19 de janeiro de 1809 em Boston, Massachusetts. Passou parte da sua infância em Inglaterra e na Escócia. O seu terceiro livro foi possível graças a doações de colegas que, juntos, conseguiram cerca de 170 dólares que ajudaram à impressão do livro.
Poe morreu a 7 de outubro de 1849, com 40 anos. A causa de morte oficial é “congestão cerebral”, porém, a verdadeira causa é ainda desconhecida. Acredita-se que seja relacionada com alcoolismo.
SINOPSE:
“Os Crimes da Rua Morgue é considerado por muitos a primeira obra policial de sempre. Mãe e filha são encontradas mortas num edifício situado na Rua Morgue, uma artéria parisiense. As vítimas foram brutalmente assassinadas e a sala onde foram descobertos os corpos encontrava-se trancada por dentro. Para adensar o mistério, os vizinhos alegam ter ouvido o assassino falar numa língua que ninguém consegue identificar.
Quando um homem é acusado do crime, C. Auguste Dupin, um indivíduo solitário e de aguçada inteligência, oferece-se para ajudar a polícia a resolver este caso e impedir que um homem inocente seja preso por um crime que Dupin acredita não ter cometido.
Um pelo encontrado junto dos corpos leva-o a crer que o assassino poderá não ser humano…”
O Crime da Rua Morgue é considerado um dos primeiros contos policiais. C. Auguste Dupin, protagonista de histórias de Edgar Allan Poe, inspirou a criação de outros detetives famosos (e igualmente brilhantes) como Sherlock Holmes (de Artur Conan Doyle) e Hercule Poirot (de Agatha Christie). Dupin não resolve crimes de profissão.
Porém, possui grandes capacidades de análise e observação e encontra nos mistérios uma maneira de exibir os seus dons. Tal como Sherlock por exemplo, visto que nenhum dos dois personagens chega realmente a possuir o título de polícia ou detetive (as semelhanças entre ambos são bastante visíveis, desde o mesmo raciocínio à existência de um parceiro que acompanha as suas aventuras).
Esta obra inicia-se com uma explicação um tanto comprida sobre o funcionamento da mente analítica. Para quem não é muito fã deste tipo de introdução, leia na mesma. Por vezes existe a tendência de “saltar” estas explicações, mas acabam por nos ajudar a perceber muitas coisas ao longo da leitura.
A linguagem de Poe, apesar de (penso eu) já um pouco desadequada aos nossos tempos, continua a ser clara, madura e inteligente com algo que faz com que se queira continuar a ler. Numa noite, Dupin e o narrador da história (cujo nome nunca nos é revelado) caminham pela rua morgue quando de repente ouvem um grito estridente. No dia seguinte é notícia na rua que duas mulheres, mãe e filha, foram encontradas mortas dentro de um quarto da sua casa. À primeira vista aparenta ser algo fácil de desvendar, porém… a porta do quarto estava trancada. Por dentro. A história passa assim a girar em torno de um assassinato aparentemente impossível de resolver. Dupin começa a sua investigação, lê todos os jornais e até consegue acesso ao local do crime. Mas alguns aspetos não batem certo: Sem maneira de sair do quarto, como é que o assassino fugiu? O que aconteceu?
Este é o conto que dá nome ao livro e é o principal. Por esta razão, selecionei este para a rubrica deste mês. Mas recomendo a leitura de todos os outros contos tais como O mistério de Marie Rogêt, O Escaravelho de Ouro ou A Milésima Segunda História de Xerazade.
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Por: Raquel Branco
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